quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Educação garante ressocialização em presídios

Por Daniela Benante/Notícias MS

Em Mato Grosso do Sul, mais de 12% internos do regime fechado estão matriculados na escola formal, e os registros de evasão são mínimos. Conforme dados da Divisão de Educação da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), referentes ao período de maio-julho deste ano, 15 internos evadiram no trimestre. Unidades como o Instituto Penal de Campo Grande e o Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, ambos da capital, que juntos somam 357 matriculados, não registraram nenhuma desistência.

No Estado, 18 estabelecimentos penais de regime fechado oferecem estudo. Dois são em Campo Grande. De acordo com informações coletadas na E. E. Pólo Regina Lúcia Nunes Betine, responsável pelo ensino nos presídios do Estado, 44 professores trabalham na educação de internos.

Relatório da Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen demonstra que o oferecimento da educação formal em presídios de MS representa para alguns custodiados uma oportunidade para começarem a vida escolar, pois só no processo de alfabetização são 143 matriculados. A maior parte dos internos que estuda freqüenta o ensino fundamental, totalizando 385, no ensino médio são 89.

Mas o processo educativo em presídios, realizado pela Agepen, vai além da educação formal, se materializado também por meio de realização de palestras que envolvem desde questões de saúde a leis penais, de apresentações e incentivo a trabalhos artísticos, cursos de inclusão digital, capacitação de professores, entre outros.

Remição pelo estudo

Embora a principal contribuição da educação em presídios seja a busca pela ressocialização, ela representa também aos internos uma oportunidade para remirem pena. Nos presídios de Campo Grande e em Dourados, três dias de freqüência nas aulas garantem um dia de remição, graças à decisão das Varas de Execuções Penais destas duas comarcas. Já nos demais presídios do interior, a proporção é de um dia de desconto para cada 18 horas de estudo.

Bibliotecas

O incentivo à leitura é um dos enfoques na formação educacional dos internos. Por isso, já foi encaminhado ao Depen (Departamento Penitenciário Nacional) um projeto que visa a instalação de bibliotecas em todos os presídios administrados pela Agepen.

Atualmente, 21 unidades penais de Mato Grosso do Sul possuem biblioteca e contam com um acervo total de mais de 20 mil obras literárias, que abordam desde conteúdos técnicos e didáticos aos de literatura e auto-ajuda.

Fonte: Beta Pantanal News
Disponível em: http://www.pantanalnews.com.br/contents.php?CID=1297.

Biblioteca escolar e o profissional bibliotecário



Irene Góes Corrêa
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Entende-se que cabe à escola a inserção do indivíduo no mundo da leitura e da escrita, promovendo um ensino de qualidade. Grande parte da responsabilidade pela formação dos novos leitores passa pelo desempenho criterioso de um bom profissional bibliotecário. Oxalá, tenhamos garantia de contar com a habilidade de muitos para o bem de todos os educandos.

A biblioteca escolar é um espaço em que os alunos encontram material para complementar sua aprendizagem e desenvolver sua criatividade, imaginação e senso crítico. É na biblioteca que podem reconhecer a complexidade do mundo que os rodeia, descobrir seus próprios gostos, investigar aquilo que os interessa, adquirir conhecimentos novos, escolher livremente suas leituras preferidas e sonhar com mundos imaginários.

A ação dinâmica da biblioteca deverá servir ao programa escolar, daí a necessidade de atividades em grupo, tais como: dramatizações, jogos, gincanas, hora do conto. A hora do conto é um dos principais estímulos à leitura, e oportuniza as crianças que dela participam o estabelecimento de uma ligação entre fantasia e realidade e a ampliação das experiências e do conhecimento do mundo que as cerca.

A biblioteca no Brasil apresenta problemas estruturais e políticos que fazem desse assunto uma problemática nacional. Em muitos casos, as bibliotecas escolares são meros depósitos de livros em salas adaptadas e que não atendem as reais necessidades e finalidades para as quais as mesmas foram criadas.

O descaso leva os profissionais envolvidos no processo a terem uma atitude passiva e cômoda em relação à problemática gerada. Mais que uma instituição difusora do conhecimento, a biblioteca tem como função primordial a de criar cidadãos, contribuindo com a escola no processo de ensino/aprendizagem, ou seja, desempenhando um importante papel na educação da população. “A biblioteca é o centro do fazer educativo.”

O profissional bibliotecário é um educador de forma geral. Cabe a ele exercer real influência sobre a qualidade do programa geral da escola e, diretamente, sobre a programação total da biblioteca. “Cabe ao profissional em atuação na biblioteca torná-la objeto de reflexão e espaço de participação para todos os segmentos da escola e da comunidade na qual ela se insere.”

O bibliotecário, no ambiente educacional, precisa estar apto a desenvolver o papel de educador, criando políticas internas para incentivar a prática cultural na biblioteca - entre as quais, organização de: mostras culturais, narração de histórias, sessões de teatro e cinema, dia de autógrafo com autores, gincanas de leitura e interpretação, criação de textos, etc. – e fazendo da biblioteca um espaço divertido, agradável, aconchegante, um ambiente prazeroso para a conquista de novos leitores. Um espaço assim envolverá o indivíduo nas atividades de leitura e pesquisa, tornando-se parte do roteiro de um programa agradável e habitual. Esta será, com certeza, a biblioteca sonhada por muitos, porém, realizada no momento por poucos.

O bibliotecário precisa agir para favorecer práticas de leitura de diferentes fontes de informação, propiciar espaços de leitura e minimizar a exclusão social. Lembrando a importância da aculturação digital para todos.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) propostos pelo MEC, ao se referirem às questões referentes à importância da leitura e das bibliotecas escolares, mostra que têm como objetivo primeiro orientar o trabalho educativo que se processa no interior da escola. Dessa forma, os PCNs concretizam uma proposta à sociedade por meio de dois compromissos básicos: eqüidade e qualidade para o ensino/aprendizagem no espaço escolar. Como se vê, os PCNs são importantes pela sua abrangência, em nível nacional, e pelo seu caráter orientador para todo o universo dos agentes envolvidos com a Educação, inclusive o espaço destinado aos livros e à leitura formativa, informativa e de lazer, que é a biblioteca.

Chama-se aqui a atenção para a qualidade dos livros para a composição de uma biblioteca escolar, que devem ser de qualidade, tanto em seus conteúdos quanto em suas formas, portanto, essa qualidade não se restringe somente à encadernação ou ao material empregado para a confecção do livro, abrange, sobretudo, o conteúdo desses livros, pois o mercado está repleto de “literaturas descartáveis”, que não possuem nenhum objetivo pedagógico e que estão nas prateleiras das livrarias apenas por força da mídia. Assim, os gestores escolares, ajudados pelos próprios educandos, pelos professores e pelas famílias, e, sobretudo, pelo profissional bibliotecário competente, devem ser muito criteriosos na escolha das obras. Caso contrário, movidos pela mídia, podem botar à disposição da criança livros de má qualidade, inclusive com erros de construção e ortográficos grosseiros, pode comprometer a qualidade do ensino-aprendizagem da leitura dessa criança para sempre. Mais do que nunca, o profissional bibliotecário precisa marcar sua presença, atuar sempre e com clareza de objetivos para atender bem a clientela mirim, leitores empolgados e que merecem todo cuidado e respeito.


Fonte: O Girassol
Diponível em: http://www.ogirassol.com.br/pagina.php?editoria=Opiniao&idnoticia=721.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Bibliotecas disponibilizam livros, música e dvds online: utilizador não tem que se preocupar em devolver os itens requisitados



Com a esperança de recuperar leitores, as bibliotecas americanas aumentaram a lista de livros, música e filmes digitais que podem ser descarregados num computador ou num leitor de MP3 de forma gratuita, informa o El Mundo.

Em Phoenix, por exemplo, várias filiais associaram-se para criar uma biblioteca digital que tem cerca de 50 mil títulos de livros electrónicos, áudio-livros, música e vídeos, a que podem aceder de qualquer sítio.

Desde que foi inventado «o programa é cada vez mais popular», afirmou Tom Gemberling, bibliotecário responsável pelos recursos electrónicos da Biblioteca Pública de Phoenix.

Disponível em milhares de bibliotecas em todo o país, apenas com um cartão é possível aceder à Internet e facilmente descarregar com um programa como Adobe Digital Editions, Mobipocket Reader ou o OverDrive Media Console os novos produtos digitais.

«As pessoas gostam da portabilidade»

É possível agora navegar na biblioteca através da Internet, eleger os livros que interessam, adiciona-los a um cesto digital e descarregar. Se o livro em que estamos interessados já está reservado, esperamos pela próxima vez.

Segundo a biblioteca, o item seleccionado pode permanecer no computador do utilizador durante três semanas e não há a preocupação de devolver o livro, CD ou DVD na biblioteca real.

«As pessoas gostam da portabilidade», assegurou Jim McCluskey, gestor assistente do desenvolvimento da colecção das bibliotecas Sno-Isle do estado de Washington, pronto a oferecer descarregamentos compatíveis com o iPod.

«Muitas das nossas bibliotecas estão sobrecarregadas», destacou. «Este tipo de material não ocupa espaço e está disponível durante os sete dias seguintes, o que atrai as bibliotecas», afirma McCluskey.

Fonte: IOL Portugal Diário
http://diario.iol.pt/tecnologia/biblioteca-tecnologia-eua-livros-ipod-dvds/980000-4069.html